Nasce em idéias
Vive em imagens
Desfaz em palavras
sexta-feira, 4 de março de 2011
Busca
A chama que queima ali
Sob o olho que nos observa
Há de envergonhar Lampião
João Cândido e Zumbi
O fato lhe é oposto
A verdade se faz a gosto
A coroa do sol
Aprisionada em cruz
Encarceramento sutil
Executado em tom vil
Enquanto se contempla a luz
Da terra a longe lhe seduz
Entende que o brilho de cima provém
Mas reflete ao solo e neste convém
Se a fonte apenas há de buscar
Há de o nada descobrir
Essência imanifesta
Luz que não tem onde para existir
Liberty
The fact lies what it means
The opposite of what it seems
The state and scene shall be reversed
Bliss for the fools who are immersed
Sob o olho que nos observa
Há de envergonhar Lampião
João Cândido e Zumbi
O fato lhe é oposto
A verdade se faz a gosto
A coroa do sol
Aprisionada em cruz
Encarceramento sutil
Executado em tom vil
Enquanto se contempla a luz
Da terra a longe lhe seduz
Entende que o brilho de cima provém
Mas reflete ao solo e neste convém
Se a fonte apenas há de buscar
Há de o nada descobrir
Essência imanifesta
Luz que não tem onde para existir
Liberty
The fact lies what it means
The opposite of what it seems
The state and scene shall be reversed
Bliss for the fools who are immersed
Nós, aliens
Em overdose de suma
Hei de soterrar o ego
Engolir a ética
Sucumbir à estética
Ser sujeito ao uso
Viver em recuso
Ignorar o fato
Inconsciente ato
Chama-me alien
Chama-me louco
Sem poder sair
Respirar um pouco
Nós, aliens
Seremos sempre originais e únicos
Mas estamos condenados
A perecer sós
Hei de soterrar o ego
Engolir a ética
Sucumbir à estética
Ser sujeito ao uso
Viver em recuso
Ignorar o fato
Inconsciente ato
Chama-me alien
Chama-me louco
Sem poder sair
Respirar um pouco
Nós, aliens
Seremos sempre originais e únicos
Mas estamos condenados
A perecer sós
Epitáfio de Um suicida
Fardo, por que caminha em passos lentos
Por que vive a me alimentar e destruir
Por que não me poupa a tortura em misericórdia
Me isola por vez, me envenena, me mata
Prefere me jogar aos lobos parte a parte
Prefere destruir-me minuto a minuto
Mas me deixa respirar para sufocar novamente
No minuto seguinte
Quem és, Fardo
Prefere soterar-me em solo amargo
Afundando-me mais e mais
Esperando-me sucumbir
Que a angústia supere a vontade
Me dá a faca, o motivo
Induz ao ato
Espera que o tempo lhes consuma em fato
Livrar-me de ti, Fardo
Obedecer-lhe-ei farto
Encerrar o lírico
Enterrar o eu
Por que vive a me alimentar e destruir
Por que não me poupa a tortura em misericórdia
Me isola por vez, me envenena, me mata
Prefere me jogar aos lobos parte a parte
Prefere destruir-me minuto a minuto
Mas me deixa respirar para sufocar novamente
No minuto seguinte
Quem és, Fardo
Prefere soterar-me em solo amargo
Afundando-me mais e mais
Esperando-me sucumbir
Que a angústia supere a vontade
Me dá a faca, o motivo
Induz ao ato
Espera que o tempo lhes consuma em fato
Livrar-me de ti, Fardo
Obedecer-lhe-ei farto
Encerrar o lírico
Enterrar o eu
Medo
Isso não é um poema
É um resíduo metabólico
De uma palavra engasgada
De uma frase não proferida
É a vontade de dizer
Seguida pela mudez
Engolhida na boca
Dilacerando a mente
Consumindo o ego
É o medo que me representa
É o contentamento em ser nimguém
É o silêncio que me oprime
É o sonho que se desfaz
É um resíduo metabólico
De uma palavra engasgada
De uma frase não proferida
É a vontade de dizer
Seguida pela mudez
Engolhida na boca
Dilacerando a mente
Consumindo o ego
É o medo que me representa
É o contentamento em ser nimguém
É o silêncio que me oprime
É o sonho que se desfaz
Exôdo Interior
Sou um homem demente
Que ao deleite da vida se entregou
E ao ver as terras decadentes
Aos sonhos nunca mais voltou
Sou um homem sem alma
Que a grandeza da alma exaltou
E ao ver-se cabisbaixo displicente
A mente a sóbria libertou
Sou um homem mal
Que se recusou a guerra
E fez da paz sua aliada profeta
De seu coração casa e sentimentos harmonia
Sou um homem raro
Que entre muitos habitou
E se não por este sinal ralo
Que paradigma quebrou
Ainda seria o mesmo homem
Que lhe era com os muitos
Que perseguia como os muitos
Um sonho que nenhum alcançou
Se hoje me olham e criticam
Ou pensam e exitam
Não hei de preocupar
Pois o sol veio confortar
Que ao deleite da vida se entregou
E ao ver as terras decadentes
Aos sonhos nunca mais voltou
Sou um homem sem alma
Que a grandeza da alma exaltou
E ao ver-se cabisbaixo displicente
A mente a sóbria libertou
Sou um homem mal
Que se recusou a guerra
E fez da paz sua aliada profeta
De seu coração casa e sentimentos harmonia
Sou um homem raro
Que entre muitos habitou
E se não por este sinal ralo
Que paradigma quebrou
Ainda seria o mesmo homem
Que lhe era com os muitos
Que perseguia como os muitos
Um sonho que nenhum alcançou
Se hoje me olham e criticam
Ou pensam e exitam
Não hei de preocupar
Pois o sol veio confortar
Retrato
Sob moldura imagem
Na parede a pender
Mas se desfazem a margem
Para insano parecer
Antes o que era foto
Rosto vivo colocou
Antes o que era roto
De imagem se pintou
Da luz fez-se a loucura
Da gratidão a ternura
Atropelou-se em passos largos
Desmontou-se em ossos fardos
Na parede a pender
Mas se desfazem a margem
Para insano parecer
Antes o que era foto
Rosto vivo colocou
Antes o que era roto
De imagem se pintou
Da luz fez-se a loucura
Da gratidão a ternura
Atropelou-se em passos largos
Desmontou-se em ossos fardos
Medo
Isso não é um poema
É um resíduo metabólico
De uma palavra engasgada
De uma frase não proferida
É a vontade de dizer
Seguida pela mudez
Engolhida na boca
Dilacerando a mente
Consumindo o ego
É o medo que me representa
É o contentamento em ser nimguém
É o silêncio que me oprime
É o sonho que se desfaz
É um resíduo metabólico
De uma palavra engasgada
De uma frase não proferida
É a vontade de dizer
Seguida pela mudez
Engolhida na boca
Dilacerando a mente
Consumindo o ego
É o medo que me representa
É o contentamento em ser nimguém
É o silêncio que me oprime
É o sonho que se desfaz
quarta-feira, 2 de março de 2011
Manifesto Residual
Se estes riscos são
Por Bic ou Montblanc hão
Diferir-se há de não
Caligrafia a mesma ter
Mesma pontuação embeber
A leitura igual de ser
Sobre o tecido chapiscos
Simbolo que se paga caro para ter
Propaganda que se pagou para fazer
O tecido o mesmo se é
Se é o nada, jacaré, gavião
Só se vende imagens
A um povo que gosta de ilusão
Por Bic ou Montblanc hão
Diferir-se há de não
Caligrafia a mesma ter
Mesma pontuação embeber
A leitura igual de ser
Sobre o tecido chapiscos
Simbolo que se paga caro para ter
Propaganda que se pagou para fazer
O tecido o mesmo se é
Se é o nada, jacaré, gavião
Só se vende imagens
A um povo que gosta de ilusão
terça-feira, 1 de março de 2011
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